MÃOS À TERRA! PLANTEMOS SEMENTES!

Vou confessar, nem sempre gostei de contato com a natureza! Eu gostava muito de um ambiente com ar condicionado, internet e bem longe dos bichos e plantas! Mas de alguns anos para cá, Deus me fez ver como é maravilhoso estar em contato com a criação perfeita que Ele fez. Passei, maravilhada, a observar estrelas, flores, árvores, montanhas, frutas, pedras, ondas, areias, rios, bichos grandes e pequenos, enfim... tudo de incrivelmente perfeito que nos rodeia e na maioria das vezes nós nem sequer gastamos uns minutos em contemplar! Depois que tive meus filhos, o amor pela natureza cresceu e hoje eu sou uma apaixonada por caminhadas, piqueniques, passeios ao ar livre, ou simplesmente deitar na grama e observar a paisagem. Os meninos também desenvolveram um gosto especial por observar bichinhos pequenos, acompanhar o voo de um passarinho, observar as diferenças entre as folhas das árvores e meter a mão (e o resto do corpo também!) na terra com toda a vontade!

Se nos deixarmos encantar pela natureza, nosso corpo vai pedindo um estilo de vida cada vez mais natural! Assim, realizamos hoje um desejo que já vinha coçando nossas mãozinhas há meses: plantamos a nossa tão sonhada HORTA CASEIRA NA VARANDA! Você não consegue imaginar o tanto de coisas que se pode aprender plantando sementinhas! Você pode ensinar seu filho sobre praticamente qualquer coisa! Sobre a vida, a criação, sobre como é importante se capacitar antes de realizar uma tarefa, sobre seguir as regras para que seu projeto dê certo, sobre paciência (já estou vendo os dois querendo que as plantas estejam enormes amanhã! Rs...), sobre ciências, matemática, nutrição, ortografia, tudo e qualquer coisa! Aqui foi a maior sensação e os aprendizados estão sendo muitos!

Se você quer empreender a jornada de montar uma hortinha com seus filhos no quintal ou na varanda do seu apartamento, recomendo que você procure uma literatura bem na linguagem deles para te ajudar. Nós aqui usamos um livro da editora Catapulta Junior chamado MINHA PRÓPRIA HORTA da autora Clara Billoch. O livro, na verdade, é parte de um kit que já vem com avental,luvas, pá, rastelo e plaquinhas para colocar na sua horta. Você consegue comprar em qualquer livraria. Caso que não consiga comprar, posso compartilhar com você algumas das páginas mais importantes em pdf (viviane.tata@gmail.com). Já dá para você começar.

Fomos a uma loja de jardinagem e compramos o material essencial para iniciar nossa plantação doméstica. Auxiliados pela simpática vendedora, compramos os vasos, a manta de drenagem (uma espécie de tecido que colocamos no fundo do vaso para ajudar a manter a hidratação), argila (umas bolinhas que também ajudam a manter a água), terra, adubo e as sementes. Você não precisa comprar todas essas coisas, algumas delas você pode improvisar, tipo usar garrafas pet como vasos, fazer seu próprio adubo com restos de alimentos, usar perfex como manta de drenagem, etc. Dê uma pesquisada e use a criatividade!

Por aqui plantamos salsa, cebolinha, alface, cenoura e brócolis. Pesquisamos que essas sementes são boas para se plantar nesta época do ano na nossa região. Os meninos meteram a mão na terra (abandonaram as luvas logo de cara porque com a mão é bem mais legal!), fizeram uma sujeirinha gostosa e criativa! Aproveitamos uma dica bacana do livro e transformamos uma garrafa em regador fazendo furinhos em sua tampa. Nosso caçulinha com 4 aninhos escreveu nas plaquinhas os nomes dos vegetais que aguardamos ansiosos ver crescer.

Agora é regar todo dia, cuidar da nossa hortinha com amor e esperar o milagre da vida acontecer na nossa varanda! Muita diversão e muito aprendizado! Que tal começar a sua hortinha? Anime-se! Plantando sementes na terra você vai passar tempo com seu filho e plantar sementes no seu coração. Ele vai adorar aprender com a mamãe!

QUE TAL UM DIA NO MUSEU?

Olá famílias! Educar os filhos em casa dá muito trabalho e toma tempo! É um investimento de vida, né? Temos feitos muitas coisas legais por aqui, mas vem sobrando pouco tempo para compartilhar com vocês! Aos pouquinhos vamos atualizando alguns assuntos legais.

Hoje queria compartilhar uma experiência que tivemos há pouco mais de uma semana! Visitamos um lugar incrível chamado MUSEU DA VIDA, na Fundação Oswaldo Cruz em Manguinhos. Mais do que falar sobre o museu em si, queria ressaltar a importância de levarmos nossos filhos a lugares como este e o que podemos fazer para estimulá-los a querer frequentar outros lugares de aprendizagem.

Museus, em geral, já deixaram de ser aquilo que temos como estereótipo do senso comum: lugar de coisa antiga e chata. Hoje, os museus oferecem atividades lúdicas e interativas que criam condições de aprendizagem significativa muito eficazes. Para aproveitar melhor uma ida a um museu, creio que os próprios pais devem ter em mente que a aprendizagem é um processo contínuo, lento e não linear. Assim, não podemos esperar que nossos filhos saiam do museu tendo “memorizado” tudo que viram lá. Na verdade, a ida ao museu é um ponto de partida, ou uma etapa no processo de aprender algo novo.

Além disso, sabemos que as crianças aprendem mais quando o desejo de aprender sobre algo parte delas mesmas. Sabe quando a criança vê uma coisa no mundo e fica perguntando tudo? Sabe aquela pulguinha trás da orelha que não a deixa descansar enquanto não entender o que quer? Esse é o melhor combustível para a aprendizagem. Quando seu filho perguntar sobre alguma coisa, valorize, pesquise com ele e finalmente encontre um lugar que vocês possam visitar para descobrir coisas novas juntos. Que seja um museu, que tal?

Aqui em casa a curiosidade pelo corpo humano é sempre tema corrente! Aí na sua casa também, né? Porque a gente faz cocô? Por que a gente sente dor de barriga? Porque o Miguel usa óculos? Por que o Felipe teve que colocar um gesso na perna? Vamos buscando respostas todos os dias, nos livros, nos vídeos e em qualquer lugar que possa nos ajudar!

No dia último dia 5 de maio, nos juntamos a um grupo de famílias educadoras e visitamos então o MUSEU da VIDA! Lugar incrível! Visita obrigatória para quem tem crianças a partir de 4 anos. É para ir várias vezes! Na semana anterior à visita, começamos a despertar a curiosidade e interesse deles para o evento. Falei o nome do local e perguntei o que eles esperavam ver lá. Anotamos algumas das suas expectativas. Mostrei aos meninos vídeos sobre o museu e eles já foram ficando encantados com as possibilidades! Visitamos o site e descobrimos mais coisas que poderíamos ver.

É muito bom gerar expectativas nas crianças, mas a riqueza da visita em si vai além disso. Houve muitas surpresas para todos nós! As explicações dos mediadores que nos orientaram na visita enriqueceram bastante! A beleza do castelo, as descobertas sobre a doença de Chagas, as vacinas, a visita ao borboletário, as experiências óticas, o parque da ciência... wow! Muita coisa em poucas horas! Foi aberto ali um mundo de oportunidades de aprendizagem, e principalmente o desejo de aprender mais e mais! Miguel chegou em casa e quis gravar um vídeo sobre partes do corpo que viu lá, em especial os crânios que manuseou o encantaram (depois posto o vídeo aqui).  Felipe disse que o que mais gostou foi ver células no microscópio como a tia fez lá no laboratório da escola da mamãe (Wow! Ele conectou com outras experiências vividas! Isso é demais!)

 A dica de hoje se resume a aproveitar toda e qualquer oportunidade de levar seus filhos a um museu. Na lista dos que já visitamos e recomendo, além do Museu da Vida, tem o Museu deAstronomia e Ciências Afins, Museu Nacional, Museu Histórico Nacional, Planetário da Gávea e o Centro Cultural Banco do Brasil. Não deixe de viver essas experiências com eles! Além de ter momentos inesquecíveis juntos e aprender muitas coisas, você estará criando nas suas crianças a cultura do conhecimento, hábitos e costumes que ficarão para a vida! Me conta sobre os museus que você já foi? 

MAMÃE, POSSO COMER SÓ MAIS UM?

“Comer, comer, comer, comer é o melhor para poder crescer!” Essa musiquinha da infância das mamães já virou hino da hora do lanche nas festinhas, né? Mas no mundo em que vivemos, cada vez mais não é o “comer, comer” que ajuda nossos filhos a crescer! Mas sim o comer BEM! Mas não é fácil, né? Com as ofertas que eles têm hoje, nossa tarefa de sermos educadoras alimentares está se tornando uma missão impossível!

Antes de compartilhar as atividades que tenho feito com meus filhos nesse sentido, preciso confessar três coisas: 1- Meus filhos não me dão trabalho para comer coisas saudáveis (muito graças a minha santa mãezinha que sempre ofereceu muitas frutas e legumes para eles desde bebê e me ensinou a fazer isso!), por isso essa tarefa deve ser mais fácil para mim do que para você. Tudo bem, eu te compreendo! 2 – Eu acho que a criança que não come um brigadeiro de vez em quando não pode ser feliz gente...kkkk 3- Eu como doces e chocolates escondido dos meus filhos! Você está proibida de rir! É verdade!

Bem, com a aproximação da Páscoa eu já sabia que ia pintar um ou outro chocolate aqui em casa, apesar de nós mesmos não darmos para os nossos filhos nessa época (dentre outros motivos pelo preço...kkk). Conhecendo meus dois amantes do tesouro de cacau, já fui avisando que não consumiriam tudo ao ganhar. Eles sempre perguntam o motivo de não poderem comer o “só mais um” que me pedem várias vezes. Na segunda-feira então, resolvi começar um trabalho mais educativo nessa área. Sempre fica mais fácil a criança entender o “não” quando aprende o porque dele e entende que o “não” é uma proteção para ela.

Começamos então assistindo o vídeo do menino Thiaguinho! Achei que uma criança falando ficaria bem na linguagem deles. O vídeo é bem legal e eles prestaram muita atenção! Dê uma olhadinha no vídeo antes para ver se as dicas combinam com o estilo de alimentação da sua família, ou pelo menos o estilo que você deseja que sua família alcance. Para nós funcionou muito bem. Até o pão integral, que é o que comemos aqui, é recomendado no vídeo. Foi perfeito!

Depois disso, distribui para eles os desenhos de alguns alimentos. De novo: você não precisa ser artista. Pode imprimir ou cobrir o desenho na tela do computador, como eu faço. Conversamos sobre esses alimentos e eles pintaram com capricho. Enquanto isso, montei uma pirâmide com as quatro cores para depois colocarmos as imagens e finalizarmos a pirâmide alimentar. Expliquei sobre as cores e sobre os tamanhos de cada área associando ao que devemos comer mais e menos. Expliquei que uma refeição equilibrada tem que ter um pouquinho de tudo, respeitando as proporções das cores. Eles adoraram colar as imagens e acertaram alguns alimentos no lugar certo sozinhos. Ah! Eu montei a pirâmide sobre uma manta magnética, dessas que compra em papelaria. Assim, eles puderam colocá-la na geladeira para consultar todo dia!

Depois disso foi hora de fixar a aprendizagem na prática! Fizemos um delicioso piquenique na sala de casa! Muita fruta para o lanche ficar gostoso e saudável! Eles comeram de tudo um pouco! Enquanto comiam, vimos um episódio de um desenho animado super bacana chamado NUTRIAMIGOS! Esse desenho ajuda a aprender sobre as propriedades dos alimentos de uma forma divertida!  Brincando eles puderam reforçar nomes e conceitos que já conheceram como proteínas, carboidratos, gorduras, etc. O sucesso foi tanto que vimos 3 episódios!

Durante a semana olhamos na pirâmide todos os dias para ver onde estavam classificados os alimentos que estavam no prato! A coisa mais legal foi que Miguel (6 anos), por conta própria resolveu fazer um cardápio semanal para a família. Rabiscou algumas folhas e me fez rir demais! Precisa de alguns ajustes...kkkkk

E aí? Você também quer que seu filho entenda que você não é a chata que não deixa ele se encher de chocolate todos os dias? Melhor explicar! Não subestime seu filho, ele vai entender e aprender com a mamãe! Bom piquenique!

UMA PÁSCOA DE COISAS PARA APREDER

Estamos chegando bem pertinho da PÁSCOA e resolvi compartilhar as atividades que tenho feito com os meninos nas últimas semanas em preparação para este feriado tão especial! Bom, só para registro, não tenho nada, nada mesmo, contra o coelhinho da páscoa, suas cenouras, seus ovos e tudo mais. É que isso a gente nem precisa mencionar para as crianças, pois o mundo já se encarrega de fazer (até demais...rs...). As atividades que proponho para os meus filhos nesta época se referem ao motivo principal da Páscoa que é a ressurreição de Jesus, não é mesmo? Essa história de Jesus na preparação para morrer na cruz e cumprimento do plano de salvar o homem na sua ressurreição está recheada de conteúdos incríveis para os nossos pequenos aprenderem.

Começamos com a entrada de Jesus em Jerusalém que está no livro de Mateus no capítulo 21.  Pegamos uns raminhos de palmeira no jardim do clube e pensamos como deve ter sido emocionante aquela recepção simples mas importante ao rei que passava por ali. No mapa daquela época, os meninos conseguiram perceber a distância que Jesus andou e tiveram uma noção melhor do que era a entrada da cidade. 

Num outro dia, lemos uma história que está nos primeiros versos do capítulo 13 do livro de João. Jesus lavou os pés dos seus discípulos. Quando contei essa história muitas perguntas apareceram. Porque ele lavou? Eles estavam com os pés sujos? Porque lavar os pés era uma demonstração de amor? Pegamos então imagens de algumas estradas de Israel e percebemos que tudo era de terra. Estudamos que naquela época não havia carros e as pessoas andavam a pé. Também não se usava sapatos fechados e por isso os pés ficavam muito sujos. Fizemos uma rápida pesquisa histórica e aprendemos muitas coisas. Ao final, entendemos que lavar os pés naquele momento era uma demonstração de amor, de cuidado, de querer servir. O mais legal veio quando lavamos os pés uns dos outros aqui em casa e falamos uns para os outros o quanto nos amamos e queremos servir uns aos outros. Foi super especial!

Em outro momento, falamos sobre a última ceia de Jesus com seus amigos. Conversamos sobre a importância de sentarmos à mesa juntos. Comer juntos é um hábito que tem se perdido, mas que é transformador na vida das famílias. Lemos então o capítulo 22 do livro de Lucas a partir do verso 19. Você com certeza já conhece essa história. Desse capítulo aprendemos algumas coisas bem legais. Pegamos um livro chamado Como se faz e procuramos como se faz o vinho. Estudamos ali sobre as videiras, parreiras e sobre o processo de se fazer o vinho. Neste dia, chamamos até a vovó para contar sobre a sua infância e com amassava uvas com os pés quando era apenas uma menina lá em Portugal. Pesquisamos também como se faz o pão, com a promessa de fazermos um pão caseiro numa próxima oportunidade. Outro aprendizado interessante foi sobre a “aliança”. Para explicar o que Jesus quis dizer com “nova aliança”, pegamos nosso par de alianças de casamento e explicamos o compromisso que fizemos no dia que nos casamos. Eles ficaram encantados em saber que havia os nossos nomes gravados nos anéis...rs... Para finalizar, reproduzimos aquele momento da ceia e cada palavra de Jesus, comendo o pão e bebendo um suquinho de uva no nosso “Santa Graal” das Lojas Americanas...rs...

Passados uns dias encenamos o momento em que Jesus orava no jardim. Aprendemos que quando estamos com medo ou tristes é uma boa ideia falar com Deus. A cena da morte na cruz e a ressurreição de Jesus foram encenadas com bonecos de Lego, uma cruz de palitos de sorvete. Mas é claro que eles quiseram se vestir de Jesus e revezar morrendo na cruz e ressuscitando! E então, aprendemos tanta coisa! E entendemos porque de verdade se comemora a Páscoa e porque nos reunimos em família e nos alegramos! Fica até mais fácil de entender o que o coelhinho e os ovos tem a ver com a história...rs.... Finalizamos assistindo esse vídeo que eu amo e compartilho com vocês: 

Com alguns livros na mão e um pouco de criatividade, você e seus filhos poderão aprender muito sobre todas as coisas! Invente seu roteiro de Páscoa e torne cada momento especial!

APRENDER CIÊNCIAS COM COR E AMOR

Ah... a natureza! Que linda expressão da beleza de Deus na Terra, não é? Crianças como meus filhos que moram em cidades grandes e, lamentavelmente, violentas acabam se privando um pouco desse contato mais íntimo com a natureza! Apesar disso, toda criança parece ter em si um desejo de conhecer e amar os bichos, as plantas, etc., não é verdade? Aqui em casa não é diferente! Fico sempre pensando em como posso estimular meus filhos as amar a natureza num contexto cada vez mais longe dela. Moramos em apartamento, vivemos em ruas cor de concreto, e apesar dos piqueniques aqui e ali, não se pode dizer que o nosso dia a dia seja muito amigo da natureza! Foi quando em uma ida ao shopping a pé, nossa caminhada virou uma grande aula de ciências que fez meus dois meninos entenderem que as plantas são vivas e precisam de cuidado e atenção.

Ao caminharmos nas ruas próximas de casa, Felipe me perguntou por que a calçada estava toda quebrada. Nossa! Foi a melhor pergunta de todas! Tudo começou ali. Expliquei que a planta começava na raiz que fica embaixo da terra e aquela planta tinha crescido tanto e a sua raiz ficado tão forte e grande que quebrou a calçada. Quando chegamos em casa pegamos um livro didático de ciências antigo (que eu sempre encontro no espaço de troca de livros do Boulevard Shopping em Vila Isabel) e fomos ao capítulo das partes da planta. Exploramos raiz, caule, folhas, flores, frutos. Saímos do livro e fomos para o jardim do nosso prédio, onde observamos as partes e admiramos as lindas flores pelas quais passamos todos os dias sem dar muita importância. Pegamos também as sementes das frutas que tínhamos em casa e percebemos que são bem diferentes, umas pequenas, outras grandes, várias cores e formatos. Descobrimos que plantamos as sementes e as plantas crescem a partir dali.

Existe uma infinidade de atividades que você pode fazer com seus filhos para que comecem a conhecer e se interessar pelos coisas mais simples relacionadas ao reino vegetal. A minha dica de hoje é uma experiência muito conhecida que fez o maior sucesso aqui em casa. Compramos na feira rosas brancas (que por si só já são encantadoras e os meninos amaram!) Mostrando a imagem de uma roseira, mostrei para eles as partes da planta que já conheciam e conversamos sobre como a planta é um ser vivo como nós. Nós nascemos, crescemos e morremos. Para vivermos precisamos de água e alimentos, a planta também. E logo veio a pergunta típica: “Se a planta não tem boca, como ela come e bebe água?” Aí entra nossa experiência.

Cortando o cabo das rosas, mostre para o seu filho que é através dali que a planta recebe a água de que precisa e essa água é levada através do caule para toda a planta. Coloque alguns copos de água com corantes de cores diferentes e coloque uma rosa em cada um desses copos. Esperando algumas horas, a flor vai “bebendo” aquela água e suas pétalas ficam da cor do corante. Você também pode seccionar o cabo de uma das rosas e colocar metade em cada copo. O resultado será uma incrível flor de duas cores!!! Além de entender o mecanismo de absorção de água, seu filho vai aprender a compreender as plantas com organismos vivos, que precisam de cuidados! E o deslumbramento de ver a rosa ganhar uma nova cor é inesquecível! Aqui em casa os meninos resolveram presentear suas professoras com as “flores mágicas” e compartilharam o que aprenderam em casa com os amigos na escola.

 

 Que tal começar logo a explorar o seu jardim e colorir sua casa com rosas de todas as cores! Aprendendo ciências com um pouco de cor e amor, seu filho nunca mais vai esquecer! Nada mais gostoso do que aprender com a mamãe!

APRENDENDO NO CAMINHO

Um dos grandes desafios para uma criança é começar a ter noção do espaço ao seu redor. Seja dentro da sua casa, na sua escola, no seu bairro... as noções de cidade, estado, país, mundo!!!! Ufa... demoramos bastante até compreender que somos apenas um pequeno pontinho nesse universo tão grande! Reconhecer lugares, trajetos, percursos, elementos da natureza, ajudam a criança a se localizar, compreender melhor o mundo onde vive e construir significado para as coisas que a cercam. Sabe aquele famoso “Falta muito, mamãe?” ou “Já tá chegando” aos 5 minutos de uma viagem que vai durar 40? Rs... Então, nós podemos ajudar nossos filhos a compreender um pouco melhor essas distâncias e percursos e acalmar esses coraçõezinhos ansiosos! E ainda podemos ter diversão para a viagem toda! Hoje compartilho com vocês algumas dicas para trabalhar com as crianças noções de sentindo, distâncias, mapas, elementos das cidades, e muito mais!

CAÇA AO TESOURO – Você pode iniciar o seu filho no mundo dos mapas começando da sua casa. Aqui em casa já virou uma diversão certa nos fins de semana chuvosos. Começamos andando por todas as partes da casa e identificando quais são os cômodos e onde eles se localizam um em relação ao outro. Depois sentamos juntos no chão com um papel 40 kg e começamos a desenhar um “mapa” da nossa casa. Se seu filho for maior de 5 anos, já dá para ele desenhar o mapa com seu auxílio (ou até sem). Se for menorzinho, você pode ir desenhando o mapa e pedir que ele coloque alguns detalhes como a cama no quarto, o sofá da sala, etc. A parte mais legal é esconder na casa um “tesouro” e marcar o X onde o tesouro está. Você pode alternar entre você esconder o tesouro e ele usar o mapa para procurar e depois ele esconder e você procurar! É uma atividade super simples, mas que vai ensinando bastante e divertindo mais ainda!

RECONHECENDO O CAMINHO – Não é tarefa fácil manter meus dois aventureiros quietinhos no carro durante uma viagem seja de casa para a escola ou algo mais longo! Então comecei a usar recursos de brincar de observar as coisas na rua. Às vezes brincamos de “Find something...”, um jogo em inglês no qual eu peço que eles encontrem na rua coisas de determinadas cores (Ex: Find something blue. Eles começam a apontar para as coisas que veem. Muitas palavras eles já sabem em inglês e outras vão me perguntando e vou ensinando.) Mas a brincadeira favorita é “Encontrar no Caminho”. Certa vez fui busca-los na escola e propus uma novidade. Preparei um papel para cada um com coisas que eles deveriam encontrar pelo caminho. Padaria, flores cor-de-rosa, pracinha, lata de lixo, casa amarela, ponto de ônibus, escola, etc... Para o Felipe (3 anos e 11 meses) fiz desenhos. Para o Miguel (6 anos) palavras. Cada um recebeu um lápis e tinham que ir riscando aquilo que encontravam até chegar em casa. Quem encontrasse tudo ganhava um super prêmio: uma bala Sete Belo fora do fim de semana! O sucesso foi tanto que me pediam para fazer um papel diferente a cada dia. A experiência os motivou a observar e memorizar o caminho, reconhecendo os elementos a sua volta, comentando e aprendendo sobre eles. Uma variação desta atividade é fazer com que as crianças marquem a quantidade de determinado elemento pelo caminho. Sucesso garantido! Afinal, a escola pode ser em qualquer lugar, até no carro!

 SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO – O que mais nossos filhos vão ver na rua são placas de trânsito, não é mesmo? E que tal usar essas placas para trabalhar com eles, utilização de números, noções de sentido e direção, proibições e permissões, reconhecimento de números e letras, enfim...de tudo um pouco?!?! Você pode começar apresentando para ele desenhos de algumas placas em casa e perguntando o que eles acham que significam. Depois você pode ir para a rua dar uma voltinha e observar as placas com ele. Se o tempo estiver curto, aproveite as viagens de ida e volta para a escola sejam a pé ou de carro. Aqui em casa é um sucesso. Ganho até bronca quando não paro na placa de PARE...rs. Eles vão percebendo placas diferentes e sempre perguntando! Depois disso você pode fazer um joguinho da memória de placas de trânsito com tampinhas de garrafa. É super fácil e a própria confecção já é uma diversão! Outra coisa que você pode fazer é transformar sua casa em uma pequena cidade e colocar placas de trânsito por todo lugar. Vocês podem fingir que são carros e precisam respeitar a sinalização! Muito aprendizado e diversão!

SEU FILHO INDICA O CAMINHO – Para esse post não ficar muito extenso, aqui vai a última dica! Descobri através de um amigo que no aplicativo de mapas WAZE existe a possibilidade de gravarmos qualquer voz para indicar o caminho. Sabe a moça que fala “em 200 metros vire à esquerda”? Então, ao invés de ouvir a voz dela você pode ouvir a voz do seu filho indicando o caminho. Basta clicar em NOVA VOZ e o próprio aplicativo indica as frases que devem ser gravadas. Super fácil! Você ainda pode fazer uma gracinha e substituir algumas frases formais do tipo “recalculando rota” por um gostoso “Mamãe, você errou o caminho!”. Nessa brincadeira seu filho vai prestar mais atenção nas orientações do GPS (eu deixo o Waze ligado mesmo em trajetos conhecidos para eles irem fixando as noções de direita, esquerda, em frente, etc.) e vai aprender muito! Você vai ter uma lembrança deliciosa dele toda vez que sair sem ele! Que delícia ouvir aquela vozinha fofa indicando o caminho!

Há muito mais para compartilhar sobre mapas e caminhos! Outros posts virão! Espero que goste das dicas e me conta o que funcionou por aí!

DESENHANDO PARA CRESCER E APRENDER

Toda mamãe sente uma emoção muito grande quando o filho pega no lápis ou giz de cera pela primeira vez! Alí, começa um mundo de possibilidades para que a criança expresse o que sente, o que vê, o que pensa! Surgem os primeiros rabiscos e quando eles começam a se transformam em algo mais compreensível papai e mamãe só faltam chorar de alegria! Eu me lembro muito bem do meu imenso orgulho quando meu primogênito com 1 ano e 7 meses mais ou menos fazia uma forma redonda quando eu pedia que ele desenhasse uma bola...rs... eu achava que ele era super dotado!!!kkkkk Fato é que uma das coisas mais importantes no desenvolvimento motor, intelectual e emocional de uma criança é o desenho! Criança precisa desenhar, desenhar e desenhar muito!

Minha dica de hoje é que você comece a pensar no desenho do seu filho com um olhar mais valorizado. Na educação dos nossos filhos nós podemos transformar aquele simples desenho em algo muito significativo que promove aprendizagem e desenvolvimento emocional sadio. Vou compartilhar algumas experiência diferentes que envolvem desenhos e foram o maior sucesso aqui em casa!

O CORPO HUMANO - Um dos objetivos principais do desenvolvimento psicomotor das crianças entre 2 e 5 anos é conseguir retratar em seus desenhos a figura humana de forma cada vez mais completa. Por volta dos 3 para 4 anos os bonecos que eram feitos de dois circulos com pés que saíam direto da barriga e mãos que saiam direto dos ombros, começam a dar lugar a figuras mais completas com pescoço, braços, pernas, cabelos, etc. Esse novo desenho é resultado de uma percepção do próprio corpo da criança, fator importante no desenvolvimento psíquico, emocional e social. Por dica de uma amiga, realizamos aqui em casa essa experiência: Juntando dois papeis 40kg deitamos o Felipe (3 anos) para que o irmão  (6 anos) riscasse em volta dele a sua silhueta. Foram muitas risadas! Depois que o pequenino saiu do papel e olhou sua silhueta ficou encantado! Em seguida os meninos começaram a desenhar os detalhes internos, olhos, boca, nariz, cabelo, etc. Depois pegamos pedaços de tecido e criamos roupas para o boneco. Ficou super bacana! Enquanto desenhavam conversamos sobre as características de cada um e como cada um é diferente. É uma ótima oportunidade de seu filho perceber que foi criado por Deus com detalhes especiais que só ele tem. Ele é uma verdadeira obra de arte do Criador!

PAPEL MÁGICO - Uma simples folha branca e alguns gizes de cera já são suficientes para um maravilhoso e criativo desenho. Mas imagina se você puder incrementar com um pouco de mágica?!? Seu filho não vai resistir a desenhar sem parar. Há algumas semanas comprei numa papelaria um pacote de "PAPEL MÁGICO". Ele consiste em folhas de papel preto que na verdade são uma espécie de "raspadinha" e vem acompanhado de um palito plástico pontudo (que não é perigoso pois tem a ponta levemete arredondada). Confirme a criança vai riscando o papel com o palito vai-se revelando o colorido que está embaixo do preto e os traços vão saindo de muitas cores diferentes! O efeito é incrível! O pacote que eu comprei vem com 5 folhas e custou menos de R$10,00. Os meninos desenharam os 5 em sequência! É irrestistível! É uma ótima maneira de tornar mais divertida a tarefa de desenhar!

DECORANDO A CASA - Aqui em casa produzimos muitas artes, sempre, como forma de construir aprendizado sobre todas as coisas. No início do ano passado fizemos um pequena reforma na casa e pintamos o quarto dos meninos das suas cores preferidas. Dei então para eles a responsabilidade de serem decoradores do quarto e produzirem desenhos que virariam quadros para o cômodo. Primeiro cortei o papel no tamanho certo para as molduras que eu havia comprado. Sentei com cada um separadamente e acompanhei o processo de produção. Miguel iria fazer 5 anos em alguns dias e escolheu desenhar o Pokémon "Hallucha". Ele desenhou observando uma carta Pokémon que fazia parte de um joguinho dele. Me impressionou com os detalhes. Incentivei o capricho na pintura. Juntos, aprendemos muito sobre as partes do corpo, sobre voar, sobre a sobreposição de cores, sombras e etc. Felipe tinha 2 anos e 9 meses e ainda estava na fase de desenhar bonecos cujas pernas saem direto da cabeça (rs.). Então combinamos o seu desenho com uma colagem de recortes de E.V.A. Ele amou! Até hoje os dois mostram orgulhosos a todos os visitantes as suas obras primas de decoração. Uma ótima forma de elevar a autoestima da criança, valorizar as suas conquistas, aprimorar a sua coordenação motora e ainda transformar as paredes da sua casa num grande memorial do processo de educação dos seus filhos em casa.  

E então? Vamos desenhar? Você pode ter outras mil ideias para fazer da pratica de desenhar um momento de construção de conhecimento significativo para o seu filho. Aqui em casa desenhamos o que sonhamos, desenhamos o que vivemos, desenhamos o que fizemos no dia. Produzimos gibis, cartazes, cartões e muitas outras coisas! Tente! Você vai ver que desenhar pode ser bem mais que um passa tempo para manter uma criança "quieta". É uma importante ferramenta da educação dos seus filhos desde a mais nova idade! Vamos desenhar muito para crescer e aprender!